Tenho saudades de um tempo
Tenho saudades de um cheiro
E sinto saudades da vaga sequestrada
Dos sonhos...
Da amplitude geográfica do amor
As flores que ficaram
O que ficou daquele jardim
Que ficou aqui
Que me desmonta
Me apavora
Morro lentamente
As flores que não são de plástico morrem |
Vago incansavelmente
E no tormento das ausências
Não descansam as imagens
Passa o rio
Passam os moinhos
Os desatinos circulares
Os cheiros da memória
Que ora se vai, ora me rouba
De tudo o que fui atento
De toda essa insensatez
Não fui o que tu queria
Não foste meu contentamento
Nem o sonho da minha geografia
mas a terna agonia do meu tempo.
Anglebson Barros
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